Talvez essa determinação em estudar possa explicar o porquê da China ser
o país que mais cresce no mundo, incomodando potências como Estados Unidos. Em
países sérios, o estudo é prioridade. Eu sei: parece chavão, e algum
oportunista deve gritar: "No Brasil isso só existe nos discursos de candidatos, junto com
saúde e trabalho".
Tenho amigos próximos que voltaram a estudar, supletivo, na intenção de
finalizar o ensino médio. Passam dos quarenta, e depois de um dia de trabalho,
compartilham o espaço de aula com jovens na mesma situação. E tem algo que
todos sabem, os alunos mais velhos e os professores:
Aqueles garotos e garotas não estão ali para aprender, e dificilmente
passarão dos três meses de estudo, novamente. Eles vem, fazem suas
rodas e começam seus assuntos triviais, como se sentassem numa mesa de bar.
Pouco se importam se o professor está ensinando como desenvenenar a mãe moribunda.